sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Hoje de manhã eu acordei e fiquei olhando para tudo catatônica, um misto de susto com deslumbramento. Me dei conta de que essa é a pior e a melhor fase da minha vida. Eu nunca andei tão triste e nem tão feliz. Foi difícil enterrar tantos mortos e tantas rotinas, mas está sendo muito fácil viver dentro de mim.
Tati Bernardi.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Esquece. Não vou atrás de ninguém. Não mais. Ontem eu quis desesperadamente a sua companhia lá naquele banco da praça, quis ficar ali com você a noite toda se pudesse. E quando fui embora pensei em te ligar, dizer pra voltar amanhã, vir me fazer sorrir. Mas não. Hoje eu acordei e pensei que seria melhor não, eu não quero me apegar em ninguém, não quero precisar de ninguém. Quero seguir livre, entende? Mesmo que isso me faça falta, alguém pra me prender um pouquinho. Vou me esquivar de todo sentimento bom que eu venha a sentir, não levar nada a sério mesmo. Ficar perto, abraçar de vez enquando, sentir saudade, gostar um pouquinho. Mas amar não, amar nunca, amar não serve pra mim. Prefiro assim!

Caio F. Abreu

domingo, 4 de setembro de 2011

Foi o domingo mais domingo que eu passei. Céu cinzento, ressaca, Marisa Monte cantava baixinho no meu ouvido e eu desejava como ninguém um alguém. Me sinto mal em estar escrevendo mais uma vez sobre a minha solidão chata e monótona. É triste. Eu só queria poder escrever sobre os dias de domingo felizes. Sobre o filme idiota que ele me levou pra ver, ou sobre o quanto que eu amo. Mas, não posso. Porque o meu 'ele' mais próximo disso está muito longe. E não há mais nenhum 'ele' em mente. Me deparo com essa situação idiota a mais de três anos. Sempre fui muito assim, carente. Sempre quis muito alguém ter por perto que eu pudesse contar. Que eu pudesse sorrir. Que estivesse ali, cuidando de mim. Nunca tive, nunca vou ter. E quase como um mantra repito isso mil vezes. "Nunca tive, nunca vou ter."