segunda-feira, 26 de março de 2012

Só me fala o que eu vou fazer, agora que eu tô com esse buraco imenso no peito? Não consigo raciocinar. Sabe por que? Porque depois de tantas idas e voltas eu estou declarando, de verdade, que acabou! Não aguento mais. Não aguento mais tentar ser tudo pra você e você me jogar assim como se eu fosse absolutamente nada. Não foram dois meses de convivência, são quase quatro anos. Sim, anos. Não aguento mais futilidades, não aguento mais ficar sozinha aqui, sem querer ter ninguém sério pra não te magoar e quando eu for dar conta, você está lá “em um relacionamento sério” com uma vadia qualquer que está com uma paixonite pela sua casca. Eu sei que é pela sua casca porque eu, somente eu, te conheço por dentro e por fora. E sei que quando vocês acabarem daqui a um mês ou quinze dias, você vai me ligar de vai dizer que ‘sou eu a mulher que você quer pra casar e fazer sua vida’… Desculpa, mas não vai ser comigo. Não mais. Cansei de jogos. Três a zero pra você. Game over.
Sabe aquela história "Hoje eu só quero que o dia termine bem"? Então, hoje nem isso dá pra querer. Não que eu esteja me reclamando da vida... Não. Sou sadia, tenho teto, comida, família, amigos e meu Deus querido, que sempre cuidou de mim nessas noites difíceis de olhos marejados. Mas, dói quando você acha que tinha alguém e na verdade não tem coisíssima nenhuma. Dói ver tudo o que você planejou, tudo o que você mais almejava pro seu futuro, descer pela descarga. E sabe o que é pior? Ver que a pessoa está lá, com a outra, se divertindo, com toda licença da palavra, se fodendo pra você. Ver que eu não significava porra nenhuma, mesmo ele significando muito. E sabe o que me deixa mais pra baixo ainda? Ver que tudo, tu-do, o que a pessoa falou era mentira. Que eu não sou a 'vida' dele, que eu não sou 'tudo' pra ele, nem 'pequena', nem a 'bebê'... 'Tudo' talvez seja ela, agora... Enfim, acabou. De novo. Acabou. E dessa vez, não há volta, não há concerto, não há amor no mundo que me faça voltar pra você tendo a certeza que mais cedo ou mais tarde eu vou ter que passar por tudo isso novamente.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Ontem depois que você foi embora confesso que fiquei triste como sempre.Mas, pela primeira vez, triste por você. Fico me perguntando que outra mulher ouviria os maiores absurdos como eu, e, ainda assim, não deixaria de olhar pra você e ver um homem maravilhoso. Que outra mulher te veria além da sua casca? Você não entende que está perdendo o paladar para o que a vida tem de verdadeiro e bom. É tanta comida estragada, plastificada e sem sal, que você está perdendo o paladar para mulheres como eu. E você não sabe como vale a pena gostar de alguém e acordar ao lado dessa pessoa, ouvindo ela respirar quietinha enquanto dorme, linda. E quando você dorme quietinho assim, eu sei que, apesar de eu não abalar sua vida em nada, você precisa de mim. Você não sabe como isso é infinitamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias. Ou sozinho e desesperado pra que algum amigo reafirme que o seu dia valerá a pena. Ou com alguma garotinha boba que vai namorar sua casca. A casca que você também odeia e usa justamente para testar as pessoas “quem gostar de mim não serve pra mim”.
E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida. E você me olha com essa carinha banal de “me espera só mais um pouquinho”. Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta. Volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem. Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso. Caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro. E do quanto você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares deprê em que procura. E do quanto a sua felicidade sem mim deve ser pouca pra você viver reafirmando o quanto é feliz sem mim e principalmente viver reafirmando isso pra mim. Sabe o quê? Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer. Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração. E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso. E eu malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto. Bastante assunto. Eu não faço desfile de moda todos os segundos do meu dia porque me acho bonita sem precisar de chapinha, salto alto e peito de pomba. Eu tenho pena das mulheres que correm o tempo todo atrás de se tornarem a melhor fruta de uma feira. Pra depois serem apalpadas e terem seus bagaços cuspidos. Também sou convidada para essas festinhas com gente “wanna be” que você adora. Mas eu já sou alguém e não preciso mais querer ser. E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado.
Tati Bernardi.

domingo, 11 de março de 2012

É tão estranho quando você está com alguém e se sente tão dele que até parece que é mesmo. Até parece que estranho mesmo, é não ser. É tão estranho gostar de alguém, sem saber o que é... Amor, paixão, carinho. Sei lá, talvez tudo junto. Eu só sei que depois de tantas tentativas frustradas, eu prefiro alguém que consiga me olhar nos olhos, me dar um selinho e me chamar de 'bê', do que aquele saradão que te aperta a nuca forte e te chama de 'gostosa'. Desses 'avassaladores' eu desisti faz tempo. (...) E quer saber? Depois de tantos enganos, eu acho que achei meu lugar. Você não é meu, nem eu sou sua. Mas melhor do que tomar posse de alguém, é se sentir dele!