domingo, 20 de maio de 2012

Lembrança

Hoje eu fiquei mal com motivos concretos, ao contrário dos outros dias que eu só lembrava e entristecia. Você não vai acreditar, mas hoje, eu achei o cartão que você me deu. 
Lembra quando você ainda nem tinha me pedido em namoro e no dia dos namorados você mandou um buquê de flores pra minha casa? Nossa, quase chorei quando vi aquele monte de rosas vermelhas encima da minha cama, você e meu primo armaram pra cima de mim, e eu nunca imaginava ganhar um presente lindo daqueles. Pois é, as flores murcharam e o cartãozinho, eu fiz questão de guardar. Mas, nessa minha vida de nômade, eu não sabia mais por onde ele andava. Na verdade, nem lembrava mais da existência de tal cartãozinho. Hoje, arrumando a gaveta da minha mesinha e computador, eu vi um envelope branco que estava escrito “De: …, Para: Isabela Mariana”. Sabe aquele aperto? Me deu uma agonia, minha garganta secou, acho que toda umidade do meu corpo foi para os meus olhos. Saudade é algo realmente muito idiota. Faz chorar por besteiras como essa e me faz escrever como se você um dia fosse ler isso. Mas, não vai. Ainda bem, eu acho. Eu te amo, sinto sua falta.
Bela.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Carta ao noivo


Mesmo que não haja todo esse sentimento, é uma bosta parar pra ler conversas de tão pouco tempo atrás e comparar o antes e depois. É uma bosta saber que, apesar de você não ser a pessoa que eu queria que fosse, eu adorava estar contigo. Assim como é uma bosta saber que nosso único combinado, que a gente sempre repetia era “Vê se não casa, a não ser que seja comigo.” E foi exatamente o que você fez, voltou pra ex e casou! Era estranho me sentir sua, mesmo não sendo. E mais estranho ainda é que eu pensava que um cuidando do outro, como acontecia, um dia a gente acabaria realmente juntos. Me sinto mal, pensar em não estar mais contigo, mesmo a culpa não sendo minha. Me sinto triste, por que nosso “lance” era verdadeiro e na medida, mesmo exagerado. Era intenso, feliz, com olhos brilhantes, com beijos quentes e vontade de você a toda hora. Eu acreditava em você. Você nunca me falou um “eu te amo”, porque sabia que não me amava. Mas, eu não cansava de escutar “eu te quero”. Gostava quando você dizia que me queria, que iria cuidar de mim pra sempre, que eu era sua menina. Gostava tanto, mas tanto, dos elogios trocados, apelidos, sorrisos, planos pro futuro, das histórias loucas que você me contava, de passar o tempo todo te olhando nos olhos e ver que você, apesar de bem mais velho que eu, era um menino. Eu gostava, e gosto, tanto, mas tanto, de você.
“Eu levo essa canção de amor dançante
Prá você lembrar de mim seu coração lembrar de mim…
Na confusão do dia-a-dia no sufoco de uma dúvida
Na dor de qualquer coisa…
É só tocar essa balada de swing inabalável
Que é o oásis pr’o amor eu vou dizendo
Na seqüência bem clichê ‘eu preciso de você…’
Disso, tenho certeza que se lembras.
Enfim, felicidades no casamento. 





Com apreço e aperto, Bela.