terça-feira, 1 de maio de 2012

Carta ao noivo


Mesmo que não haja todo esse sentimento, é uma bosta parar pra ler conversas de tão pouco tempo atrás e comparar o antes e depois. É uma bosta saber que, apesar de você não ser a pessoa que eu queria que fosse, eu adorava estar contigo. Assim como é uma bosta saber que nosso único combinado, que a gente sempre repetia era “Vê se não casa, a não ser que seja comigo.” E foi exatamente o que você fez, voltou pra ex e casou! Era estranho me sentir sua, mesmo não sendo. E mais estranho ainda é que eu pensava que um cuidando do outro, como acontecia, um dia a gente acabaria realmente juntos. Me sinto mal, pensar em não estar mais contigo, mesmo a culpa não sendo minha. Me sinto triste, por que nosso “lance” era verdadeiro e na medida, mesmo exagerado. Era intenso, feliz, com olhos brilhantes, com beijos quentes e vontade de você a toda hora. Eu acreditava em você. Você nunca me falou um “eu te amo”, porque sabia que não me amava. Mas, eu não cansava de escutar “eu te quero”. Gostava quando você dizia que me queria, que iria cuidar de mim pra sempre, que eu era sua menina. Gostava tanto, mas tanto, dos elogios trocados, apelidos, sorrisos, planos pro futuro, das histórias loucas que você me contava, de passar o tempo todo te olhando nos olhos e ver que você, apesar de bem mais velho que eu, era um menino. Eu gostava, e gosto, tanto, mas tanto, de você.
“Eu levo essa canção de amor dançante
Prá você lembrar de mim seu coração lembrar de mim…
Na confusão do dia-a-dia no sufoco de uma dúvida
Na dor de qualquer coisa…
É só tocar essa balada de swing inabalável
Que é o oásis pr’o amor eu vou dizendo
Na seqüência bem clichê ‘eu preciso de você…’
Disso, tenho certeza que se lembras.
Enfim, felicidades no casamento. 





Com apreço e aperto, Bela.

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